Obrigada Sérgio pela excelente fotografia! Nós cá deste lado festejámos ontem a comemoração do Dia da Liberdade, da Revolução que também foi cantada por poetas do Brasil! "Tanto mar a nos separar" - (Chico Buarque), mas que agora já não é tanto assim! Beijinhos
Te amo mais uma vez esta noite talvez nunca tenha cometido “euteamo” assim tantas seguidas vezes, mal cabendo no fato e no parco dos dias. Não importa, importa é a alegria límpida de poder deslocar o “Eu te amo” de um único definitivo dia que parece bastá-lo como juramento e cuja repetição, parece maculá-lo ou duvidá-lo... Qual nada! Pois que o euteamo é da dinâmica dos dias É do melhoramento do amor É do avanço dele É verbo de consistência É conjugação de alquimia É do departamento das coisas eternas que se repetem variadas e iguais todos os dias na fartura das rotações e seus relógios de colmeias no ciclo das noites e na eternidade das estréias: O sol se aurora e se põe com exuberância comum e com novidade diária e aí dizemos em espanto bom: Que dia lindo! E é! Porque só aquele dia lindo é lindo como aquele. Nossa sede, por mais primitiva, é sempre uma loucura da falta inédita até o paraíso da água nova no deserto da nova goela. Ela, a água, a transparente obviedade que habita nosso corpo e nos exige reposição cujo modo é o prazer. Vê: tudo em nós comemora o novo milenar de si todas as horas: Comer é novidade Dormir é novidade Doer é novidade Sorrir é novidade Maravilhosa repetitiva verdade que se expõe em cachos a nosso dispor variando em sabor e temor e glória Por isso te amo agora como nunca antes Porque quando te amei ontem eu te amava naquele tempo e sou hoje o gerúndio daquela disposição de verbo Te amo hoje com você dentro embora sem você perto Te amo em viagem portanto em viragem diferente da que quando estava perto Meu certo é alto, forte
Te amo como nunca amei você longe, meu continente, meu rei Eu te amo quantas vezes for sentido e só nesse motivo é que te amarei. (Da série “Eternidades Cotidianas”)
3 comentários:
Obrigada Sérgio pela excelente fotografia!
Nós cá deste lado festejámos ontem a comemoração do Dia da Liberdade, da Revolução que também foi cantada por poetas do Brasil!
"Tanto mar a nos separar" - (Chico Buarque), mas que agora já não é tanto assim!
Beijinhos
Sérgio a fotos estão lindas ... é uma verdadeira transmissão da PAZ
Um abraço
De Elisa Lucinda
Euteamo e suas estréias
Te amo mais uma vez esta noite
talvez nunca tenha cometido “euteamo”
assim tantas seguidas vezes, mal cabendo no fato
e no parco dos dias.
Não importa, importa é a alegria límpida
de poder deslocar o “Eu te amo”
de um único definitivo dia
que parece bastá-lo como juramento
e cuja repetição, parece maculá-lo ou duvidá-lo...
Qual nada!
Pois que o euteamo é da dinâmica dos dias
É do melhoramento do amor
É do avanço dele
É verbo de consistência
É conjugação de alquimia
É do departamento das coisas eternas
que se repetem variadas e iguais todos os dias
na fartura das rotações e seus relógios de colmeias
no ciclo das noites e na eternidade das estréias:
O sol se aurora e se põe com exuberância comum e com
novidade diária
e aí dizemos em espanto bom: Que dia lindo!
E é! Porque só aquele dia lindo
é lindo como aquele.
Nossa sede, por mais primitiva,
é sempre uma
loucura da falta inédita
até o paraíso da água nova
no deserto da nova goela.
Ela, a água,
a transparente obviedade que
habita nosso corpo
e nos exige reposição cujo modo é o
prazer.
Vê: tudo em nós comemora
o novo milenar de si
todas as horas:
Comer é novidade
Dormir é novidade
Doer é novidade
Sorrir é novidade
Maravilhosa repetitiva verdade que se
expõe em cachos a nosso dispor
variando em sabor e temor e glória
Por isso te amo agora como nunca antes
Porque quando te amei ontem
eu te amava naquele tempo
e sou hoje o gerúndio daquela disposição de verbo
Te amo hoje com você dentro
embora sem você perto
Te amo em viagem
portanto em viragem diferente da que quando
estava perto
Meu certo é alto, forte
Te amo como nunca amei
você longe, meu continente, meu rei
Eu te amo quantas vezes for sentido
e só nesse motivo é que te amarei.
(Da série “Eternidades Cotidianas”)
Brasília, 01 de dezembro de 1994
Postar um comentário